Belém vira centro global da luta climática
COP30, de 10 a 21 de novembro, reúne líderes mundiais na Amazônia para acelerar ações contra a crise climática.

Entre os dias 10 e 21 de novembro, Belém, capital do Pará, sedia a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima — a COP30. O evento marca um momento histórico, pois pela primeira vez o Brasil recebe o encontro em plena Amazônia, reunindo líderes mundiais, especialistas, representantes da sociedade civil e movimentos sociais.
Desde 1995, as COPs acontecem anualmente com o objetivo de implementar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, firmada em 1992. A meta principal é limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC até o fim do século. Para isso, é necessário acelerar a aplicação dos acordos anteriores, especialmente o firmado em Paris, em 2015.
Participação ampla e estrutura dividida
Neste ano, são esperadas cerca de 50 mil pessoas, incluindo delegações de 143 países, negociadores, jornalistas e 15 mil representantes de movimentos sociais. Antes da abertura oficial, entre os dias 6 e 7 de novembro, ocorre a Cúpula de Chefes de Estado, que define o tom político das negociações.
A programação será dividida em dois espaços complementares:
- Zona Azul: palco oficial das negociações, reservado a delegações, chefes de Estado e imprensa credenciada.
- Zona Verde: espaço aberto à sociedade civil, instituições públicas e privadas, com debates sobre clima, tecnologia e justiça ambiental.
Além disso, desde 2021, as COPs contam com a chamada Agenda de Ação, que amplia a participação de governos locais, setor privado, academia e sociedade civil. Segundo o embaixador André Lago, presidente da COP30, essa abordagem traz dinamismo e permite que soluções já existentes ganhem visibilidade e aplicação prática.

Propostas e cobranças da sociedade civil
Durante os dias de conferência, diversas organizações não governamentais e movimentos sociais apresentarão propostas e cobrarão medidas concretas. Entre elas, o Observatório do Clima destaca que, embora haja avanços, o ritmo das decisões ainda é lento.
A especialista Stela Herschmann alerta que, apesar das soluções já indicadas pela ciência, os países não têm respondido com a urgência necessária. “A COP tem condições de dar respostas, mas ainda não na velocidade que o cenário exige”, afirma.
Amazônia como símbolo de transformação
Ao sediar a COP30, Belém se torna símbolo da luta ambiental global. A cidade, cercada pela floresta amazônica, representa tanto os desafios quanto as oportunidades de um futuro mais sustentável. Com mais de 200 atividades previstas e centenas de painéis temáticos, a conferência promete ser uma das mais abrangentes da história.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
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